Antevisão Etapa 12 — Tour de France

Hautacam: o início das decisões.

Antevisão Etapa 12 — Tour de France
Tour de France

Rescaldo da Etapa 11

Assim que se dá a partida oficial, o Jonas Abrahamsen junto com Mauro Schmid e Davide Ballerini atacaram para a fuga do dia. Foi fácil de sair, mas muito difícil de se saber se seria mesmo esta a fuga. Durante muitos quilómetros tivemos muitos ataques e contra-ataques no pelotão, então o tempo não crescia muito, até que a oitenta e dois quilómetros do fim, Fred Wright e Burgaudeu juntaram-se ao grupo da frente e ganharam facilmente tempo, para os 1:25 minutos.

Mas não acalmou muito tempo, nem quatro quilómetros depois, e novos ataque entre eles o de Simmons, WvA entre outros. E assim foi durante mais dez quilómetros. Até que a sessenta e nove quilómetros do fim, tivemos Vingegaard juntamente com Healy, Remco e outros, a atacar, acabamdo por apanhar Pogačar a dormir, inclusive chegou a ficar cortado, mas com um sprint facilmente resolveu isso e chegou ao grupo.

Após isso tivemos de novo ataque e daí saiu o segundo grupo da fuga com WvA, MvdP, Laurance, Simmons, e De Lie. Um grupo que muito lutou para chegar ao primeiro, mas sem sucesso. Andaram muitos quilómetros dentro dos trinta segundos para o grupo da frente.

A catorze quilómetros, no Côte de Vielle-Toulouse, Simmons tentou fazer a ponte para frente da corrida, mas sabendo deste ataque, Abrahamsen acelerou no grupo da frente e só Schmid conseguiu acompanhar. Com esta situação de corrida, e com a chegada à última dificuldade da prova, o Côte de Pech David, MvdP arranca do terceiro grupo e vai ultrapassando os ciclistas que ainda se encontravam entre ele e o duo, que continuava na liderança da prova. Nesta mesma subida, no grupo dos que lutam pela geral tivemos um ataque de Vauquelin, que teve o condão de fracionar o grupo e, no topo da subida vimos novamente Vingegaard atacar, com resposta pronta de Remco e desta vez Pogačar não ficou a dormir e, na resposta Jorgenson tentou também sair do grupo, mas Pogačar não deixou.

Corrida lançada em direção à meta, e dentro dos quatro quilómetros finais, Tobias Johannessen — a responder a um ataque — toca na roda do Pogačar e este vai ao chão. Rapidamente se levantou e arrancou e apanhou um grupo que estava atrasado com seu companheiro Adam. No entanto, no grupo dos favoritos esperaram por ele.

O final da etapa foi um sprint a dois, com Abrahamsen a ganhar ao Schmid, e MvdP que vinha na perseguição fechou em terceiro.

E assim Jonas Abrahamsen dá a primeira vitória à equipa em grandes voltas. Sim, nós sabemos que já ganharam no PETRONAS Le Tour de Langkawi ou na Volta ao Algarve, mas isso é um nível superior.

Abrahamsen e Schmid no sprint ( foto: Instagram Le Tour de France )

O percurso

E chegámos aos Pirenéus, e vamos ter 180,6 quilómetros desde Auch até ao topo do Hautacam, mas para lá chegar vão ter um acumulado de 3794 metros de desnível positivo. Não é uma etapa com muito terreno plano, mas a parte mais dura está mesmo nos últimos sessenta quilómetros. Nessa fase começa logo com o Col du Soulor (11,8km a 7.6%), logo de seguida sobem o Col des Bordères (3,3km a 8%) e após descerem, os ciclistas ficam no sopé do Hautacam ( 13,5km a 7,9% ) onde está colocada a meta.

Auch › Hautacam (180.6km)

O que esperar

A ultima vez que aqui acabou uma etapa, foi uma etapa memorável da qual todos nós nos lembramos. Ganhou a Marta Cavalli e que grande vitória da ciclista italiana, ao vencer a 2ª etapa do CIC-Tour Féminin International des Pyrénées em 2023.

Antes disso em 2022, Vingegaard venceu após um bom trabalho do Wout van Aert, que já vinha na fuga do dia e onde ainda conseguiu descarregar Pogačar. Bem, o que eu gostava era de uma etapa parecida, mas não devemos ter a mesma sorte.

Espero uma fuga numerosa para lutarem pelos pontos da montanha, mas acho que não vai sair daí o vencedor, pois espero que a luta pela geral, seja também a luta pela etapa.

Nessa fuga devemos ter Lenny para os pontos da montanha, e Armirail porque mora perto do Hautacam. Devemos ter também um Milan ou MvdP a tentar a fuga para os pontos da camisola verde, com o sprint intermédio colocado em Bénéjaq.

Para a vitória, espero uma Visma a armadilhar a corrida, para tentar que Vingegaard ganhe alguma tempo aos adversários mais diretos, mais precisamente a Pogačar.

Wout van Aert, Vingegaard e Pogačar, Hautacam 2022 ( Foto: Michael Steele/Getty)

Favoritos

Jonas Vingegaard — Porque é o dia de quase tudo ou nada, ou está aqui para vencer ou para ser vencido. Tem de fazer alguma coisa e tentar repetir a vitória de 2022.

Tadej Pogačar — Como agradecimento por terem esperado por ele, vai dar show no Hautacam.

A não perder de vista

Remco Evenepoel — Será que está pronto para estes voos? É o Remco, mas acho que é só o melhor dos outros.

Florian Lipowitz — Roglič? Hum… quem viu o anúncio da RedBull, em que ele rouba uma bicicleta e foge, sabe bem a mensagem que queriam passar.

Lenny Martinez — À procura pelos pontos da montanha podem dar a vitória ao francês.

Apostas falso plano

André Dias — Michael Storer. A etapa começa em Auch mas no final até dói.

Fábio Babau — Remco ataca, ninguém responde e depois vence Tadej Pogacar.

Henrique Augusto — Vingegaard ganha ou morre a tentar.

O Primož do Roglič — Uma abelha chamada Ving com um lugar ao Soulor.

Miguel Branco — Se eles Hautacam muito ao início... Não, em princípio ganha Buchmann.

Miguel Pratas — Tadej Pogautacam.

Nuno Gomes — Poga, a Trine manda cumprimentos. É dia de Vingegaard.

Rogério Almeida — Ou o Vingeggard ganha ou é melhor e ir montar a cozinha.