Antevisão Etapa 3 — Tour de France
Sprint em Dunkerque.

Rescaldo da Etapa 2
Os primeiros 200 quilómetros não tiveram grande interesse: um quarteto formado por Armirail, Fedorov, Leknessund e Van Moer na frente e Milan vs. Girmay numa discussão acesa sobre o ananás na pizza.
A 10 quilómetros da meta começou a verdadeira etapa. A Groupama foi a primeira a meter gás e lá se formou um grupo restrito com Pogačar, Vingegaard, Van der Poel e Gregóire, entre outros. O esloveno picou a penúltima contagem (3.ª cat.) e Vauquelin a última (4.ª cat.). Foram vários os ataques e contra-ataques, Lipowitz ainda se conseguiu distanciar, mas a UAE controlou a aproximação à meta com o João e com o Nárvaez.
No final, Mathieu van der Poel partiu na frente e ninguém conseguiu sair da roda. Foi um triunfo autoritário do neerlandês, que assume a liderança da prova sucedendo ao seu colega de equipa. Pogačar, segundo, e Vingegaard, terceiro, bonificaram.

O percurso
178 quilómetros planos entre Valenciennes e Dunkerque, com uma lomba de 4.ª categoria (Mont Cassel — 2.3km @ 4.1%) a 30 quilómetros do fim — não deverá ser suficiente para dropar Pascal Ackermann. É claramente um traçado desenhado para um sprint massivo, se a estrada molhada e os abanicos costeiros não estragarem os planos da organização.

O que esperar
Um pino solitário na fuga para o prime time. Vingegaard a ir buscar novamente o ponto da 4.ª categoria. Sprint massivo.
Favoritos
Jasper Philipsen — Ele está on fire. O lançador dele está on fire. A equipa dele está on fire.
Tim Merlier — O pós-1000 da Soudal não está famoso. Nesta etapa não há desculpas, tem de disputar a vitória em Dunkerque.
Jonathan Milan — Já se nota alguma frustração. O seu highlight até agora foi um bracejar tresloucado contra o rival da Intermarché.
A não perder de vista
Biniam Girmay — Enquanto a Alpecin divide os pontos (e as vitórias) entre Philipsen e Van der Poel, ele vai consistentemente amealhando pontos para a maillot vert. Sinto-o com confiança para o bis nesta classificação.
Søren Wærenskjold — A Uno-X assumiu o risco e não começou mal, com o 3.º lugar do norueguês na primeira etapa. Veremos como o Hipopótamo de Mandal se safa no primeiro sprint compacto.
Jordi Meeus — Chegou com hype depois das duas vitórias seguidas no World Tour em Junho. Veremos como lida com esta pressão, só tem de conseguir sair da roda de Van Poppel.
Dylan Groenewegen — Hungria, Eslóvenia... É mais ou menos a mesma coisa. Lançado por Mezgec, tudo é possível.
Jake Stewart — O último a vencer um sprint em Dunkerque.
Apostas falso plano
André Dias — Lenny Martinez.
Fábio Babau — Jasper Philipsen. Porque agora a Alpecin voltou a ser isto tudo.
Henrique Augusto — Tim Merlier. Alguém salve o convento.
O Primož do Roglič — Milan, it's show time.
Miguel Branco — Jonathan Milan. Com dedicatória especial para Bini.
Miguel Pratas — A 11.ª para Jasper Disaster.
Nuno Gomes — Albanese.
Rogério Almeida — Per sempre, Milan.