Antevisão Etapa 3 — Vuelta a España
Mads de Canaveses.

Rescaldo da Etapa 2
Fuga de pinos, etapa discutida pelos homens da geral e o adeus do Philipsen à roja. Era isto que se esperava e foi isto que aconteceu. Etapa sem história — tirando o abandono de Guillaume Martin — até ao momento em que houve uma queda a afetar vários elementos da Visma: Vingegaard foi obrigado a trocar de bicicleta e Zingle esteve em vias de abandonar a corrida, mas tudo está bem quando acaba bem.
As equipas dos favoritos controlaram a fuga e foram lutando pelo posicionamento com cada vez mais afinco à medida que a meta se aproximava. A Lidl liderava o pelotão — que trabalho de Bagioli! — e apenas dentro do último quilómetro surgiu o primeiro ataque, cortesia de Marc Soler. Sepp Kuss fechou o espaço e pouco depois chegava a hora do sprint.
Ciccone foi o primeiro a arrancar, Vingegaard seguiu na sua roda e conseguiu meter uma acima para ultrapassar o italiano em cima da meta. Vitória autoritária do dinamarquês. Agora boa sorte para lhe tirarem a roja.

A subir:
- David Gaudu (3.º): uma grande exibição do ciclista francês para gáudio dos gaudistas;
- Harold Martín López (11.º) & Harold Tejada (16.º): atuação de luxo da dupla da Astana, Harold & Harold.
A descer:
- Wilco Kelderman (88.º): a aposta de Jorge Gabriel para esta etapa foi um fiasco;
- Victor Langelotti (15.º): era o grande favorito, nem sequer fez top-10;
- Antonio Tiberi (27.º): perdeu 21 segundos.
O percurso
Etapa ainda em território italiano com final numa 4.ª categoria em Ceres (2.5km @ 3.2%). Até lá, os corredores terão de passar por uma 2.ª categoria (5.8km @ 6.5%) em Issiglio, um sprint intermédio em Cuorgnè e quatro canaveses.

O que esperar
Verre e outros pinos na fuga para lutarem pela camisola às bolinhas azuis; Lidl a ajudar a Visma a controlar (e a endurecer para dropar os sprinters puros) a fuga do dia — a Q36.5 de Pidcock deverá ser uma das interessadas em colaborar, bem como a Alpecin, se Philipsen estiver super. A aproximação à meta deverá ser, mais uma vez, liderada pela Lidl - Trek.
Favoritos
Mads Pedersen — É o grande favorito. A equipa vai fazer o que tem a fazer e o dinamarquês sabe melhor do que ninguém como finalizar nestas chegadas.
Jasper Philipsen — Se o levam para a meta... Não é o seu terreno predileto mas é o mais rápido e a Alpecin consegue deixá-lo bem colocado.
A não perder de vista
Bryan Coquard — Em 2022, numa chegada deste estilo, só foi batido por Pedersen. Este não vai ser dropado e se a Cofidis, que na primeira etapa se apresentou bem, o deixar bem posicionado pode discutir a vitória.
Orluis Aular — Foi 4.º na etapa de Matera (Giro, etapa 5, ganhou Mads) e essa era ligeiramente mais dura do que esta. Tem mais hipóteses aqui do que nos sprints planos.
Thomas Pidcock — Foi 3.º nessa etapa de Matera. Em Limone Piemonte, a Q36.5 deixou-o no sweet spot mas faltaram pernas para o kick final. Vão tentar novamente.
Ethan Vernon/Jake Stewart — Vernon esteve muito bem mais uma vez, foi buscar pontos para a verde, mas esta etapa pode exceder os seus limites. Nesse sentido, Stewart é um plano B muito fiável.
Axel Zingle — Candidato à vitória se a queda não tiver deixado sequelas.*
Ben Turner — Tem estado na melhor forma da carreira. Pode fazer mais um bom resultado.
Ivo Oliveira — O meu dark horse para hoje.
*O francês não arranca em San Maurizio Canavese.
Apostas falso plano
André Dias — Orluis Aular rumo à verde.
Henrique Augusto — Philipsen é um desastre. Para os outros.
O Primož do Roglič — Ontem apostei Mads. Hoje aposto Pidcock, posso?
Miguel Branco — Coquard. Antes de o Mads se especializar em sprints inclinados, já cá estava o Coq.
Miguel Pratas — Mads à moda do Giro.
Nuno Gomes — Ganha um dos que levou as binas da Visma.
Rogério Almeida — Orluis Aular melhor que no Giro.