Antevisão Etapa 5 (ITT) — Tour de France

Rescaldo da Etapa 4

E a etapa começou bem, quando eu pensava só ver o Lenny Martinez na segunda semana do Tour, ele atacou mal se deu a partida oficial. Mas também não lhe invejo a sorte, porque quem se juntou a ele foi Abrahamsen. Estão a ver o ditado " Os opostos atraem -se " ? Foi isso que aconteceu e muito deve ter sofrido o Lenny na roda do Abrahamsen. Lenny que recordemos, na primeira etapa chegou com o carro vassoura, hoje foi o primeiro atacar. Após uns quilómetros juntaram-se a eles o Gachignard e Asgreen.

Até aos 30 quilómetros finais pouco se passou, algumas quedas não muito graves, e Alaphilippe que andou a trocar de bicicleta e no pega e larga com o pelotão, ele que era dado por muitos (Henrique e mais 2 fãs) para o top 5 da etapa de hoje.

No Côte de Belbeuf a cerca de 27 quilómetros para o final, Lenny ainda passou sozinho na contagem de montanha, tendo depois sido alcançado a 21 quilómetros do fim. Logo após isso a UAE pegou no pelotão com Soler, Sivakov e Wellens. Mas desde o quilómetro 11 até ao 6 para o fim, a Visma pegou na corrida com Campenaerts, quando este saiu deu o lugar ao Benoot, que durou muito pouco na frente. Logo após entrou Narváez a puxar com Pogačar na roda. E aqui meus amigos começa o show Almeida, que ao seu jeito nos dá muito ataques de nervos e ganhamos cabelos brancos, porque mais uma vez vinha mal colocado, e ele recuperou uns 10 lugares no pelotão, colocando-se logo na frente do grupo a 450 metros do topo da Rampe Saint-Hilaire, e partiu a loiça toda durante 100 metros, deu tudo e reduzindo o grupo, até que Pogačar ataca e só Vingegaard conseguiu ir na roda. E assim foram os dois até faltar 4 quilómetros para o fim, onde foram alcançados com um trabalho enorme de Remco.

E ficou um grupo com João, Pogačar, MvdP, Vingeggard, Jorgenson, Remco e Onley. João pegou logo no grupo, mas entretanto o grupo cresceu com a entrada do Grégoire, Skjelmose e Vauquelin. Na entrada do último quilómetro, Jorgenson atacou mas o João continuou a perseguir, e alcançou Jorgenson, e continuou a puxar, até o Remco perdeu o contacto com o grupo. Que grande etapa fez o João, pena o mau posicionamento, mas as pernas compensaram e demonstraram que pode lutar por uma boa classificação mesmo ajudando o Pogačar. Ah e o resto da prova? O resto é só o resto. O MvdP lançou o sprint mas Pogačar acabou por conseguir ganhar, com MvdP em segundo e Vingegaard em terceiro. E não que seja tão importante como o que o João fez, mas Pogačar alcançou a vitória n°100 aos 26 anos.

O percurso

Bem , eles vão de Caen para Caen e são 33 kms quase planos, com três pontos intermédios para tirar tempos dos ciclistas, e o PCS não funcionar bem nos últimos 10 ciclistas.

Não chega? Pronto ok. Dou um pouco mais de detalhes.

Não é um contrarrelógio com muitas dificuldades, nem muito técnico. No início até sair de Caen tem uma parte mais técnica. E ainda antes de sair tem o Memorial de Caen, onde tem uma demonstração de como era o mundo antes e após 1945.

Após saírem de Caen os ciclistas vão deparar-se com longas estradas, com muitas retas, tal como o Ganna iria gostar. Não tem muitas curvas, pelo mapa podemos ver cerca de 3/4 curvas de 90° e umas 2/3 a cerca de 125°. Claro que existem mais curvas mas nada de muito acentuado.

De volta a Caen e já perto do final , o ciclistas terão talvez a parte mais técnica do percurso.

O que esperar

O que esperar de um contrarrelógio? Espero que ninguém caia. Já estou à espera que Remco ganhe, e Pogačar e Jonas no pódio.

Favoritos

Remco Evenepoel — Se já era favorito para ganhar, com a saída do Ganna ainda ficou mais favorito.

A não perder de vista

Tadej Pogačar — Não acredito que ganhe, mas num dia que tome as vitaminas a horas tudo pode acontecer.

Jonas Vingegaard — E porque não? Não é nada mau no contrarrelógio, já bateu o Remco o ano passado, aliás foi a única vez que ficou na frente dele no contrarrelógio, mas foi no contrarrelógio final do Tour. Mas o ano passado também não andava atacar como um clássicomano, como faz este ano.

Wout van Aert — Caso se lembre de ser contrarrelogista, eu mencionei ele.

Primoz Roglič — Ele gosta de aparecer nos ITT quando não esperamos nada dele, como por exemplo em Tokyo e no País Basco o ano passado.

João Almeida — Ele já bateu o Remco em ITT de grandes voltas. Eu não acredito que aconteça, mas temos de manter a esperança.

Florian Lipowitz — Lipowatts vai mostrar quem é o líder da Bora.

Edoardo Afinni — A minha grande esperança para uma surpresa no dia de amanhã.

Apostas falso plano

André Dias — Filippo Ganna é repescado pelo público.

Fábio Babau — Asgreen, Tuesday beer night.

Henrique Augusto — Remco Evenepoel. Pelo menos nisto ele é certinho.

O Primož do Roglič — Vingegaard à la 2023.

Miguel Branco — Jonas Vingegaard. Se é contrarrelógio de Grande Volta…

Miguel Pratas — Remco _Not Yellow_ Evenepoel.

Nuno Gomes — Remco. Dia de justificar o investimento no fantasy.

Rogério Almeida — Fucking arrogant Remco.