Antevisão Etapa 8 — Tour de France

Será que Pogi sprinta para a verde?

Antevisão Etapa 8 — Tour de France
Tour de France

Rescaldo da Etapa 7

A notícia do dia é que o João Almeida caiu. Chegou a 10 minutos e 13 segundos acompanhado por Nelson Oliveira — obrigado por isso, Nelson. Estávamos na aproximação à meta e João vai ao chão com violência, dizendo adeus à possibilidade de boa classificação na geral deste Tour. É triste, mas é real, rezemos para que possa continuar em prova, ajudar Pogi e, assim consiga melhorar, vencer uma etapa se a oportunidade surgir.

No que ao resto da história diz respeito, a fuga levou anos a formar-se e depois lá se formou, inofensiva, com corredores que não colocavam em perigo os interesses dos principais homens da geral. O camisola amarela, Van der Poel, estava em dia não, muito cansado, e isso viu-se logo na primeira passagem do Mûr-de-Bretagne. Viria a perdê-la para, claro, Tadej Pogačar que bateu a concorrência sem grande dificuldade, depois de um excelente trabalho de Narváez. Vingegaard foi segundo e Oscar Onley, confirmando o bom Tour, fechou na terceira posição. A Visma bem apertou na fase final da tirada, aumentou ritmo, fez gente perder o contacto com o pelotão, mas não conseguiu fazer descolar Pogi. E a ideia permanece: por muita carne que as abelhas metam no assador, o esloveno permanece impávido e sereno, a dominar este Tour a seu gosto.

Segundo a última atualização por parte da UAE, até ao lançamento desta antevisão, João Almeida fracturou uma costela e tem escoriações ao longo do corpo, algumas delas graves. Ainda assim parece que o português vai continuar em prova e o seu estado será avaliado nos próximos dias. O falso plano deseja as rápidas melhoras.
João Almeida, depois da queda, no lado esquerdo da imagem. (fonte: Tour de France Twitter)

O percurso

De volta ao sprint, finalmente, para ver se a malta respira um bocado. Bom, quer dizer, as etapas ao sprint têm sido tudo menos tranquilas, a ver se ninguém dá um duplo mortal à retaguarda na recta da meta desta vez. Estamos na terra de Jacky Durand e convém dizer que há dois muritos no final, um deles chega a ter rampas a 8%, portanto, cuidado, meus meninos. É dia de Boucles de la Mayenne.

O que esperar

Espero que a chegada seja em pelotão compacto, claro. Mas tendo em conta os dois muros finais, cuidadinho. Os homens mais pesados podem ter problemas. Não me parece provável que possa acontecer, mas não é de excluir um late attack, nem é de excluir um sprint longo, lançado bem de trás, onde surpresas podem acontecer. E cuidado com o posicionamento, é só um aviso. Depois não chorem.

Milan e a sua Lidl-Trek. Girmay e a sua Intermarché. E Merlier e o seu Van Lerberghe. Deve ser por aqui.

Favoritos

Jonathan Milan — Esteve muito perto na última etapa plana e acredito que a Trek poderá tentar descartar Merlier endurecendo os topos antes da meta. Para além disso, aquele final inclinado parece mesmo poder sorrir-lhe.

A não perder de vista

Tim Merlier — É o mais rápido e já o provou neste Tour.

Biniam Girmay — Tem andado até na disputa dos sprints intermédios, ou seja, a verde deve ser uma ambição. As dificuldades antes do fim também podem favorecê-lo.

Kaden Groves Na ausência de Philipsen, Groves vai ter de se chegar à frente. E as prestações dele nas grandes voltas costumam ser bastante razoáveis.

Søren Wærenskjold — Dois top-5, um deles pódio. Fora os grandes favoritos, tem sido o mais consistente. Uma boa surpresa, finalmente a mostrar o seu valor.

Apostas falso plano

André Dias — Pavel Bittner, claro.

Henrique Augusto — Até eu sei que o Alaphilippe não pode ganhar amanhã. Tim Merlier.

O Primož do Roglič — Milan, não me falhes. Esta tem de ser para ti.

Miguel Branco — Amanhã é a vitória pela qual todos esperamos: Pascal Ackermann.

Miguel Pratas — Jonathan Verde Milan.

Nuno Gomes — Milan Bota Lume!

Rogério Almeida — Fim de semana da Moda Milão.