Antevisão Etapa 8 — Vuelta a España

A etapa de Ayuso e o dia de descanso para o pelotão.

Antevisão Etapa 8 — Vuelta a España
Vuelta a España

Rescaldo da Etapa 7

Ao sétimo dia da Vuelta tivemos a segunda etapa com maior desnível acumulado desta edição (4.211 metros) e como previu e bem o meu colega e amigo, Miguel Pratas, a fuga começou na primeira subida da tirada, no Port del Cantó, e contou com Juan Ayuso, primeiramente e a fazer essa subida sozinho. Depois Jay Vine, Mads Pedersen, Sean Quinn, Damien Howson, Harold Tejada, Brieuc Rolland, Joel Nicolau, Raúl García Pierna, Kevin Vermaerke, Eduardo Sepúlveda e Marco Frigo foram-se atacando até chegarem ao espanhol e formarem o grupo final.

A fuga tinha nomes fortes e conseguiu sempre manter uma distância considerável, sempre a rondar os quatro minutos, para o pelotão e até como se veio a perceber pelas declarações no final da etapa de Jonas Vingegaard, a equipa da Visma nunca teve ambições de ir lutar pela etapa.

Na última subida, Cerler, Vine meteu ritmo para o ataque de Ayuso a cerca de dez quilómetros da meta e acabou a etapa como começou, sozinho e a triunfar pela primeira vez em casa. O italiano Marco Frigo fez segundo e o também espanhol Raúl García Pierna fechou o pódio.

No grupo dos favoritos, João Almeida tentou atacar nos quilómetros finais, mas sem sucesso, pois os restantes favoritos seguiram todos na roda do português. Soler teve mais um dos seus devaneios ao tentar sair sozinho sabe-se lá para quê e o líder da classificação geral, Torstein Træen, defendeu-se muito bem e manteve a roja.

Pelo caminho, Jay Vine limpou as contagens de montanha e Mads Pedersen o sprint intermédio. Pelo caminho ficaram também Tiberi e Gaudu que levaram quase quinze minutos.

Torstein Træen, merece muito mais a foto de etapa. Defendeu-se muito bem. (foto: X La Vuelta)

O percurso

De Monzón a Zaragoza são pouco mais de cento e sessenta quilómetros. De uma cidade de Templários à passagem pelo parque de diversões de Zaragoza. Isto tudo para vos dizer que vai ser dia de descanso para o pelotão, vai ser tudo plano até à meta.

Teremos novamente a presença de uma rotunda no último quilómetro e depois uma curva acentuada à esquerda, almejo uma chegada um pouco técnica.

Monzón - Zaragoza (163.5km)

O que esperar

Espero uma bela tarde de sono deitado no sofá, já que parece que o tempo para a praia não vai estar grande coisa. Quando acordasse gostava que, finalmente, ganhasse Mads Pedersen.

Agora a sério, espero, como já disse, uma chegada técnica em que o posicionamento nos últimos dois quilómetros será crucial e podem haver ataques surpresa de alguém que se posicione bem como um vencedor surpresa como Ben Turner.

Favoritos

Jasper Philipsen — É sprint tem de ser favorito.

Ben Turner Depois do grande posicionamento que teve e consequente vitória em Voiron tem de ser considerado um dos favoritos.

A não perder de vista

Ethan Vernon — O dia dele acho que ainda vai chegar nesta Vuelta.

Orluis Aular O dia de Aular não sei, mas top-10 garantido.

Mads Pedersen Quando se posicionar bem, vai conseguir lutar pela vitória.

Jenthe Biermans Com um final meio técnico, pode ser uma surpresa.

Madis Mihkels — Tem sido consistente. Tem andado ali sempre pelo décimo lugar.

Apostas falso plano

André Dias — David de la Cruz a solo.

Henrique Augusto — Se ganha sempre a UAE, amanhã deve ganhar o Ivo. Right?

O Primož do Roglič — Lidl - Trek tentem só não deixar o homem sozinho no último quilómetro. Já ajudava.

Miguel Branco — Amanhã é que é: Edward Planckaert.

Miguel Pratas — E vão quatro. Ivo Oliveira.

Rogério Almeida — Gaudu desculpa mas tenho de ir para David o sprinter.