Antevisão — Giro d'Italia

Em Itália anda todo um fervor com quem vai ser o próximo senhor a vestir de Branco, mas o meu interesse é mesmo quem chega a Roma de Rosa. Aqui não há conclave, mas há montanhas, que é muito mais Giro.

Antevisão — Giro d'Italia

Introdução

Buongiorno!

Três semaninhas de corridas todos os dias, quem é que não gosta disto? É verdade que não tem aquela emoção das clássicas e nem todos os dias são incríveis (Bais na fuga é sinal de sesta, que também é bom), mas a consistência de saber que todos os dias há prova aquece o meu coração. E sei que o vosso também, seus doentes das bicicletas.

A corrida pela Maglia Rosa abre sempre as hostilidades no que às três semanas diz respeito. Normalmente com muitas subidas terríveis e épicas, e este ano não é exceção. Os ciclistas subirão o Monte Grappa, o Mortirolo e a Finéstre (rezemos ao San Pietro para que a meteorologia ajude e subam mesmo), tudo muito amontoado na última semana. Até lá, alguns testes às pernas e uma mini Strade Bianche que promete. E testar as pernas a quem, perguntam vocês?

Juan Ayuso e Primož Roglič arrancam como os principais favoritos à vitória final; e ambos têm muito a provar. O espanhol precisa de colocar na estrada toda a qualidade que lhe é reconhecida, precisa de fazer jus às suas ambições e precisa de mostrar que é capaz de vencer uma Grande Volta, naquela que é a maior oportunidade da sua ainda curta carreira. Quanto ao eterno esloveno (o esloveno original). Quantas vezes já foi a sua "morte" anunciada? Bastantes. É sempre a last dance. Mas ele insiste em provar que estamos errados e chega a Itália com o objetivo de vencer a sua 6.ª Grande Volta. E só um louco não acha essa possibilidade bastante real neste momento.

Mas um dos aspetos positivos desta edição é que, ao contrário do ano passado, não sabemos o vencedor antes de começar. Parecendo que não, isso dá um certo gostinho às corridas. Eu nem sequer limitaria a disputa aos dois nomes acima mencionados: são favoritos mas não são infalíveis. Já os vimos terem momentos maus, furos nas pernas, e também já os vimos dar beijinhos ao alcatrão. Isso abre o jogo para muito boa gente. E quem sai a ganhar somos nós.

Sonhos cor-de-rosa para todos.

O duelo esperado. Haverá intrusos? (foto: Hernink)

O percurso

Etapa 1 — Cada vez mais escasseiam os clássicos inícios de Grande Volta com sprints acessíveis para toda a gente. Porque não subir duas vezes o Surrel (7km a 4.4%) e fazer uma chegada em descida assim só para apimentar a coisa? Deverá dar sprint num grupo bem restrito ou late attack. Adoro a imprevisibilidade quanto ao primeiro camisola rosa.

Durrës (AL) — Tiranë (AL) (160km)

Etapa 2 (ITT) — A não ser que Van Aert ganhe logo a abrir, a camisola rosa mudará de mãos logo ao 2.º dia num contrarrelógio curto a ser realizado na capital albanesa, Tirana.

Tiranë (AL) — Tiranë (AL) (14km)

Etapa 3 — 10 quilómetros a 7.5% a uns quilómetros da meta de um 3.º dia de Grande Volta? Super aleatório. Pelo que pode ser divertido. O Fortunato já vai estar a 4 minutos, pode atacar aqui.

Vlorë (AL)— Vlorë (AL) (159km)

Etapa 4 — Big boyz sprint. Não haverá muitos, é aproveitar.

Alberobello — Lecce (189km)

Etapa 5 — Punchy punchy este quinto dia. Esta primeira semana é uma incógnita. Se os ciclistas quiserem, pode ser brutal. Se não, pode ser só uma procissão de sprints em estrada inclinada.

Ceglie Messapica — Matera (152km)

Etapa 6 — Os sprinters aqui presentes passam quase todos bem as dificuldades, pelo que prevejo uma etapa calma e uma chegada em pelotão compacto. Nota para a longa duração da etapa, 228 quilómetros.

Potenza — Napoli (228km)

Etapa 7 — Primeiro teste mais a sério para os homens da geral. Os últimos dois quilómetros e meio rondam os 9%, já dá para ver se toda a gente chegou em forma (Spoiler: não chegou. Há sempre alguém que faz marcha-atrás na primeira chegada em alto de uma Grande Volta).

Castel di Sangro — Tagliacozzo (168km)

Etapa 8 — Está escrito fuga por todo o lado. Espetaram ali 13 quilómetros a 7% só para a malta mais rápida nem se meter com ideias.

Giulianova — Castelraimondo (197km)

Etapa 9 — Ihihihih. Adoro. Strade Bianche em pleno Giro. O percurso não é tão duro como o original, mas estes dias em grandes voltas costumam ser caóticos. E teremos direito a chegada a Siena, com o acesso pela Via Santa Catarina. Quem não amar é parvo.

Gubbio — Siena (180km)

Etapa 10 (ITT) — 29 quilómetros praticamente planos. Os trepadores a perderem tempo que depois muito lhes vai custar recuperar e os favoritos a medirem forças entre si.

Lucca — Pisa (29km)

Etapa 11 — Ora sai mais uma subida incrivelmente dura a 1000 quilómetros da meta. Isto pode resultar em etapas míticas, mas normalmente só dá flop.

Viareggio — Castelnovo ne' Monti (186km)

Etapa 12 — Sprint, imagino eu.

Modena — Viadana (173km)

Etapa 13 — Sprint só que a subir, imagino eu.

Rovigo — Vicenza (181km)

Etapa 14 — Sprint outra vez, em teoria, ali com umas lombas no final para animar. Dão um saltinho à Eslovénia só para os fãs mandarem beijinhos ao Roglão.

Treviso — Gorizia (193km)

Etapa 15 — Epá mas como assim, malta? As subidas mais duras podem não coincidir com a meta, mas convém que não estejam a 100 quilómetros do final sem grandes dificuldades posteriormente. Porra, faço melhor por metade do preço.

Fiume Veneto — Asiago (220km)

Etapa 16 — Pronto, isto sim. Dói só de olhar. Comece então o Giro a sério.

Piazzola sul Brenta — San Valentino (204km)

Etapa 17 — Eu desta até gosto. O Mortirolo é duro o suficiente para se fazerem diferenças e após a descida sobram apenas 34 quilómetros. Mas não são uns 34 quilómetros quaisquer. São 34 quilómetros maioritariamente em falso plano. Coisa linda.

San Michele all'Adige — Bormio (155km)

Etapa 18 — Etapa de transição. Sprinters, se os houver; fuga de roladores, se as pernas já estiverem demasiado pesadas para perseguir.

Morbegno — Cesano Maderno (144km)

Etapa 19 — BADUM.

Biella — Champoluc (166km)

Etapa 20 — Para fechar, a passagem pela lendária Finestre. A decisiva etapa deste Giro tem tudo para ser incrível, é rezar para que a Maglia Rosa chegue aqui ainda em disputa.

Verrès — Sestriere (205km)

E rezar também para que haja mesmo etapa. E, idealmente, transmissão também.

Que monstrinho.

Etapa 21 — Consagração em Roma.

Roma — Roma (145 km)

O que esperar

Vamos começar por falar não dos dois favoritos, mas das suas equipas. E que equipas.

Na Red Bull, Roglič traz consigo nada mais nada menos que Jai Hindley, vencedor em 2022, e Daniel Martínez, 2.º classificado na última edição. Se isto não é a definição de gregários de luxo, então não sei para que existe a expressão.

A estes dois timoneiros, junta-se ainda a experiência de Nico Denz, Gianni Moscon e Jan Tratnik e a juventude de Giulio Pellizzari. Não deverá ser por falta de equipa que o esloveno não festeja em Roma. Tenho alguma curiosidade em perceber como farão a gestão de Hindley/Martínez: se os quererão manter por perto na GC de forma a serem usados como ameaças ou como plano backup caso o Roglič se mande para o chão. Eu diria que pelo menos Hindley vai ser mantido por perto. Tem muitas provas dadas no Giro e aquela última semana é a sua cara.

Quanto à UAE, enfim, o que dizer. É um equipaço, como sempre. Vamos ver é se funciona como uma verdadeira equipa em torno do seu líder. Eu tenho as minhas muitas e legítimas dúvidas.

Já se sabe a regra desta equipa: se Pogačar não está, é bar aberto. Adam Yates chega com um discurso de quem vai procurar a vitória e já deu mostras de não adorar trabalhar para o espanhol (embora eu acredite que, caso perca muito tempo, o fará). E se assim for, é dos melhores gregários que podem existir. Depois temos nomes como Isaac del Toro e Jay Vine, que poderão ter ideias de se manter por perto enquanto der e procurar etapas. McNulty também deve ter as suas oportunidades e apenas Baroncini, Arrieta e Majka serão gregários a tempo inteiro, e é se não se meterem assim numa fuga só de surra. Nenhum dos candidatos se poderá queixar de falta de qualidade à sua volta. O previsivel drama dentro da UAE deverá ser uma das storylines mais interessantes de acompanhar.

Quanto à luta entre eles propriamente dita: acredito que ficará para a última semana. Ayuso tem demonstrado nesta temporada uma veia atacante, mas eu acho que a Catalunha o colocou em sentido. Por isso, até à etapa 16 deverão somente marcar-se, com as pequenas diferenças a serem feitas nas bonificações e nos contrarrelógios, onde acredito que estarão a um nível semelhante.

Apesar do domínio destas equipas, há dúvidas sobre se trabalharão de forma eficiente em bloco e, sobretudo, há muita qualidade solta fora delas.

Mikel Landa regressa à corrida onde tem as mais felizes recordações, com muita ambição e aparentes boas pernas. Simon Yates é uma incógnita mas quando está bem é perigoso. Tiberi deverá continuar o seu caminho de afirmação. Ciccone, Arensman, Derek Gee e Storer deram ótima conta de si nos Alpes e chegam aqui com expetativas altas. E ainda há outros nomes, mais em modo long shot, que poderão ter a sua palavra a dizer por um top-10, como Fortunato, Gaudu, Bilbao ou Piganzoli. A maior parte desta malta deverá estar mais focada em tentar alcançar uma boa posição na GC do que propriamente em chatear os favoritos, mas ainda assim, é muita qualidade que pode baralhar as contas.

Deixei 3 nomes de fora desta lista porque queria falar deles em mais detalhe.
Richard Carapaz é sempre um joker, pois tem qualidade e ousadia para dar e vender. Caso se foque na GC e esteja bem, é dos poucos que poderá ameaçar o pódio.
Egan Bernal, que à semelhança do equatoriano já venceu esta prova, é outro que não sabemos bem como se vai apresentar, mas que quando se apresenta bem pode lutar com qualquer um e é, para mim, um dark horse na luta pelo pódio.
E para fechar, um dos homens que mais curiosidade tenho em ver nas próximas três semanas: Thomas Pidcock. Na teoria, o percurso é bom para ele, muitas chegadas explosivas nas primeiras duas semanas e terreno para etapas caóticas, onde pode tirar vantagem da sua loucura e da sua técnica. Virá para a GC? Depois do que vi no Tirreno acho que, caso venha, pode ambicionar pódio. É o meu hot take para este Giro desde que soube que ele ia para a Q36.5.

Está tudo a pensar no mesmo. (foto: WeLoveCycling)

Não só de subir montanhas e de vestir de rosa em Roma se faz o Giro. Há bastantes oportunidades para os homens rápidos, eu diria que umas 4/5 para os mais frágeis e umas 8/9 para os mais versáteis. Sabemos que a versatilidade é um requisito importante para poder lutar pela Maglia Ciclamino, a camisola dos pontos deste Giro. E não faltam candidatos de qualidade com essas características.

Comecemos por Wout van Aert. A vida não anda fácil para o belga mas a sua qualidade é inquestionável. Já vimos que, quando está bem, a sua capacidade de pontuar em quase todas as etapas é praticamente impossível de ser ombreada. A sua capacidade a sprintar tem deixado a desejar, mas aqui o contexto é diferente. Só chega a Roma sem levantar os braços se algo de estranho acontecer. A dúvida maior é como será a sua relação com Kooij e se isso lhe poderá reduzir as hipóteses de vencer a classificação por pontos. Ele já declarou que é um objetivo e, sendo assim. eu acredito que mesmo a fazer leadouts se tentará manter pelo top-10 nas etapas mais planas e marcar a diferença nas restantes.

Mads Pedersen é visto como o grande favorito à Ciclamino e está a subir como nunca. Ficam dúvidas em relação ao seu sprint mas, em 3 semanas, costuma apresentar bom nível. Kaden Groves deverá fazer aliança com o dinamarquês na tentativa de deixar para trás os sprinters mais puros sempre que a estrada inclinar e é sempre um nome que não pode ser descartado.

O principal nome que vão tentar deixar para trás é Olav Kooij, em teoria o mais rápido dos presentes e que já o ano passado aqui picou o ponto. Há dúvidas em relação à sua forma – partiu a clavícula há 5 semanas – mas eu acredito que se está à partida é porque está em condições. Não conto muito com ele para a Ciclamino. Mas deve voltar a casa com, pelo menos, 3 etapas no bolso.

Há outra malta com capacidade para sprintar, com destaque para Milan Fretin, Paul Magnier e Matteo Moschetti. Chegam todos aqui a fazer boas épocas e têm uma velocidade de ponta que, caso consigam estar na posição correta, os pode levar a uma vitória algures no decorrer da prova. Com menos confiança da minha parte há outros nomes, como Bennett, Kanter, Lonardi, Aular e Strong que poderão, em etapas específicas, andar na luta por um lugar honroso.

O alcatrão não tem dado descanso a Wout. (foto: BBC)

As histórias das Grandes Voltas são sempre marcadas por vitórias bonitas a partir da fuga. A fuga tem esse condão, dar a glória àqueles que de outra forma sabem que dificilmente a poderão alcançar. Dava para meter aqui 150 nomes, mas vou evitar fazer isso e destacar apenas aqueles em que tenho mais fé.
Steinhauser, Frigo, Piganzoli, Max Poole, Hirt, Quintana, Zana e Brenner para as etapas de montanha.
Hermans, Vendrame, Rochas, Busatto, Vacek, Barrenetxea, Davide de Pretto, Pluimers, Fiorelli e Scaroni para o terreno ondulado.

Deixo aqui um espaço especial para Romain Bardet, um dos meus ciclistas favoritos. Está a despedir-se das Grandes Voltas e diz que, desde que esqueceu a GC, se voltou a sentir o ciclista que gosta de ser. Por isso, acredito que vai ser esse o seu foco. Atacar, atacar, atacar desde o primeiro dia (onde aquela descida final lhe pode ser propícia) até às montanhas da última semana. Espero que os deuses do ciclismo lhe dêem um último presente. Allez Bardet.

La dernière danse (foto: SkySports)

Para fechar, dois destaques. O primeiro deles vai para a estreia de Afonso Eulálio em Grandes Voltas. O português tem tido uma boa entrada no World Tour e acredito que, quer ao serviço de Tiberi quer através de fugas, vai ter os seus momentos de destaque ao longo deste Giro. A Bahrain não costuma acorrentar os seus ciclistas e o português deverá ter a sua oportunidade.

E Joshua Tarling, o prodígio britânico que é o favorito aos dois contrarrelógios e até a vestir a rosa ao segundo dia. Além disso, terá funções importantes na proteção a Bernal/Arensman e ainda pode tentar estar presente na fuga em algumas ocasiões, fazendo uso do seu alto motor e aceitável sprint para meter mais uma etapa no bolso.

Dois dias à medida do campeão mundial júnior em 2022 (foto: CyclingNews)

Favoritos

Primož Roglič — Velhos são os trapos. Provou na Catalunha que ainda está aí para as curvas e vai ser difícil combater o tradicional pragmatismo do esloveno com o super bloco que aqui apresenta. Conto com umas quantas vitórias em etapa nas primeiras duas semanas, o que implica alguns segundos de bonificação que o devem deixar de rosa à entrada para a infernal semana final. Depois é ver se as pernas não dizem que não na alta montanha, onde já o vimos sofrer no passado. Mas ele sabe sofrer e já venceu várias provas em que teve "dias maus".

Juan Ayuso — Jihad, aos vossos postos. O nosso trabalho, sabe-se lá porquê, é torcer contra o espanhol. É uma luta de hierarquias internas e são também alguns amargos de boca que ainda não estão ultrapassados. Eu meio que entro nesse barco mas gosto da sua arrogância, fazem falta personagens destes no desporto. Se tu não acreditares que és o maior, quem é que vai acreditar? E reconheço-lhe muito valor, algo que é quase inquestionável. Agora está na altura de provar que, a seguir aos aliens, é o melhor. Tem aqui a oportunidade. Vamos ver se está à altura.

A não perder de vista

Adam Yates — Quem segue atentamente o falso plano sabe que eu desde Novembro que ando a dizer que ele vai ganhar o Giro. Mantenho a minha posição mas só porque sou teimoso. As indicações dadas nesta época não auguram nada de bom. Ainda assim, acho que é dos poucos que correrá com a ambição de vencer e não de procurar fechar pódio. Tenho 99% de certeza que até perder muito tempo ou até Ayuso estar de rosa não trabalhará. E a verdade é que, se chegar à última semana sem estar demasiado longe da frente, não há aqui ninguém que eu ache perentoriamente melhor trepador que ele. Pode beneficiar do jogo de equipa, pode beneficiar de quedas ou pode só ter as melhores pernas. Seja como for, chegará de Rosa a Roma.

Mikel Landa — Landismo vive siempre. Terá de esperar pela última semana, tentar manter-se por perto o suficiente para ser uma ameaça. Depois pode beneficiar da marcação cerrada entre os favoritos para lançar um dos seus ataques loucos e, quem sabe, ser feliz. Era bonito.

Antonio Tiberi — O caminho diz-nos que o italiano tem vindo sempre a subir. Fez 5.º em 2024, poderá melhorar o resultado? Eu acho difícil. A concorrência é maior este ano mas o cat killer é forte no contrarrelógio e consistente nas montanhas. É um diesel. Ganhar não ganha, mas se os outros forem ficando pode, no melhor dos cenários, chegar a um pódio que já seria um resultado brilhante para a maior esperança dos homens da casa.

Richard Carapaz — É louco e isso é bom para o espetáculo. Vem de um 4.º lugar na Vuelta, mostrando que ainda é capaz de andar com os melhores. Eu adoro-o e espero que as pernas do equatoriano estejam boas.

Thomas Pidcock — A maior incógnita deste Giro. Na teoria, assenta bem, vamos ver na prática. Tal como Carapaz, até se pode desligar da geral e correr para vencer etapas. Se assim for, deverá picar o ponto várias vezes, mas a experiência de Pidcock como GC leader tem aqui a sua melhor oportunidade de vingar, quer pelas características do percurso quer pela concorrência.

Jai Hindley — Já venceu e é sempre um perigo por Itália. Sabemos que Roglič às vezes não acaba as provas e, se assim for, o australiano passa logo a estar no leque de ciclistas a disputar o pódio. Outro que tentará não perder muito tempo até à sua oportunidade de brilhar na última semana.

Apostas falso plano

André Dias — Vai que é tua, Primão.

Fábio Babau — Don Juan Roglič.

Henrique Augusto — Adam Yates. Quem mais?

O Primož do Roglič — Sou um homem de família. Isto vai cá para o Primož.

Miguel Branco — João Ayuso.

Miguel Pratas — Derek GC.

Nuno Gomes — Roglič, The Last Dance.

Rogério Almeida — Primož do Pogačar.