Cycling Fantasy — 4 Jours de Dunkerque / Grand Prix des Hauts de France
4 dias de pedalada em Dunkerque? Parece a minha despedida de solteiro ideal.

Análise ao percurso: Bienvenue aos 4 Jours de Dunkerque! Que por acaso são 5 (ou, se preferirem, 5+1). A receita é a mesma de sempre: terra de vento, muros manhosos e um conjunto de finais para sprintar de faca nos dentes. E para não dizerem que falso plano esquece as provas Pro em altura de Grandes Voltas, olhem aqui uma análise etapa a etapa. De rien.
Etapa 1 – Sainte-Catherine - Amiens (178,2 km)
Terreno nervoso, com subidas iniciais e um final técnico que dificulta a vida aos menos capazes na batalha do posicionamento.
Etapa 2 – Avesnes-sur-Helpe - Crépy-en-Valois (185,2 km)
Mantemos a toada: território ondulado, ventoso e traiçoeiro. Pode ser para sprinters… se as equipas os conseguirem lá levar. Vai ser uma animação todo o dia.
Etapa 3 – Valenciennes - Famars (154,2 km)
A tradicional etapa de pavé está de volta, com 22,2 km de sectores empedrados, incluindo os famosos trechos de Famars (1,1 km) e Quérénaing (2,6 km), repetidos seis vezes. Uma verdadeira mini Paris-Roubaix que pode baralhar as contas da geral e premiar os mais audazes.
Etapa 4 – La Chapelle-d’Armentières - Cassel (172,8 km)
A etapa rainha apresenta um circuito final em Cassel com seis ascensões à temida Porte d’Aire: uma rampa curta mas intensa, que promete seleções significativas. Aquele quilómetro com média de 8,8% tem a cara de puncheurs e vai ditar o vencedor final.
Etapa 5 – Wormhout - Dunkerque (179,3 km)
Etapa final em circuito. O perfil é um brinde ao sprint, mas não seria a primeira vez que um ataque mudava o guião previsto.

Shortlist falso plano
1200:
- O valor de toda a tua equipa junta — A sério. É quase possível.
800:
- Bryan Coquard — Na teoria é este e mais 8, quando os finais são ao sprint depois de um massacre de 4 ou 5 horas. O 5.º lugar na Classique Dunkerque foi um bom cartão de visita para este bro.
600:
- Tobias Lund Andresen — Se até o van Uden ganha no Giro, imaginem o que o Tobias Lund vai fazer a esta concorrência.
- Axel Zingle — Tem estado à espera do seu momento e acreditamos que ele chegou. Na clássica de Dunkerque, algo aconteceu na entrada do quilómetro final que o afastou da discussão, mas encaixa como uma luva em todas as etapas da Dunkerque. Levo!
- Pascal Ackermann — Provou que “as notícias da sua morte são manifestamente um exagero”. Vitória impressionante na clássica que antecede esta prova e, de repente, terá passado de 30 para 60% de escolhas na app.
400:
- Arnaud Démare — A correr em casa, vai provar que a experiência é um posto. Sem surpresa esteve entre os melhores da clássica pré-Dunkerque e, nos próximos dias, procurará somar mais vitórias ao currículo. Vai ficar com o LinkedIn cheio.
- Alberto Dainese — Partiu como um dos favoritos na Classique Dunkerque. Acabou no pódio. Tudo certo.
- Alberto Bettiol — Por contrato, sou obrigado a mencioná-lo. Já sabemos: se aparecer o Bettiol-épico, vai partir a etapa rainha ao meio e leva a geral. Se aparecer o Bettiol-pino… já nem dói.
- Mike Teunissen — Tem estado por estes dias nas equipas de centenas de fantasistas. E percebe-se porquê. Aguenta um sprint duro e tem pavé escrito no ADN.
200:
- Samuel Watson — Entre amigos, dizemos que é daqueles que é bom em tudo, mas não é ótimo em nada. Não dará vitórias, mas os pontinhos são garantidos.
- Pierre Gautherat — Anda a subir degraus e. no último fim de semana. foi protagonista na dobradinha da Decathlon-AG2R na Tro-Bro Léon. Carta super válida para as duas etapas que ditarão a geral final.
- Rasmus Søjberg Pedersen — Não é o Mads, mas é danado para andar. Em circuitos como o de Famars, este miúdo pode fazer estragos.
- Raúl García Pierna — Um bocado alternativo, eu sei, mas este rapaz especialista em CR anda a ameaçar. Muito interessante nestes terrenos ondulados, como provam os resultados já este ano na Provence e na Serra Tramuntana.
- Aaron Gate — Astana-XDS bla bla bla… Não é preciso dizer mais nada. Sempre candidato a surpresa com a sua agressividade e punch.
- Ruben Guerreiro — O Ruben está em modo todo-o-terreno nesta fase e, de repente, é um dos favoritos à classificação geral. Vem de dois top-10 já este mês e promete continuar.
- Francisco Peñuela — Está a andar muito. Dois top-10 em maio em duas clássicas que parecem copy paste da etapa rainha desta prova. Cuidado, pode ser o joker da semana.
- Florian Dauphin — Gostei de o ver na Tro-Bro León e, por isso, ganhou um bilhete para estar nesta lista exclusiva.
- Jenthe Biermans — Gosto deste rapaz. Não sei se é pelo nome me soar a “homem da cerveja” ou se é por ter aquele estilo sprint-puncheur à la Alex Zingle que tanto me entusiasma. Démare pode ser um entrave a altos voos, mas a forma está lá.
- Elia Viviani — Há coisas que só acontecem na Volta à Turquia. E a prova disso foi Viviani ter voltado a vencer.
- Laurenz Rex — Feito para dias duros, preferencialmente com empedrado durante a viagem. Potência bruta, ideal para etapas como Famars.
- Riley Sheehan — Desde a vitória no Paris-Tours em 2023 que tem ficado sempre um pouco aquém das expectativas. Não me convence para levar, mas vejo nele o potencial.
- Stian Fredheim — Tem Blikra como provável líder, mas este senhor em abril já bateu ao sprint nomes como Penhoët, Jeannière, Coquard ou Venturini.
- Alexandre Delettre — Temporada sólida em 2024, com vitórias e pódios em várias provas, incluindo um 5.º lugar na geral dos 4 Jours de Dunkerque. É um puncheur versátil que pode brilhar em etapas onduladas.
- Jenno Berckmoes — Menciono por ter o perfil perfeito para estas etapas do noroeste da França. Mas a macumba que lançaram à Lotto não tem fim e este é outro que tem amealhado mais lesões que resultados.
- Carlos Canal — Olho para ele como um novo Ivan Cortina. Promete muito o miúdo da Movistar que este ano já leva alguns resultados interessantes.
- Jon Aberasturi – Mais um para um resultado seguro.
- Cees Bol – Está no chamado “ponto caramelo”. Forma soberba, com grandes prestações ao sprint ou a atacar nos terrenos mais duros.
- Arne Marit – No momento que escrevo estas linhas, toda a Intermarché tinha saído da app. Se reentrarem e o belga alinhar, guardem um espacinho nas vossas equipas.
Código da liga falso plano: FALSOPLANO
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