Cycling Fantasy — Duracell Dwars door het Hageland

E dura e dura e dura. O pavé dura. E a gravilha é sempre bem-vinda.

Cycling Fantasy — Duracell Dwars door het Hageland

Introdução

E quando pensamos que o pavé acabou, que a Flandres é coisa do passado, que diz respeito àqueles meses com cheiro a Inverno, entre Fevereiro e Abril, voilá, percebemos que não, que a Flandres é o ano todo, porque na Flandres as bicicletas teimam em não parar de andar e quem quiser pode muito bem dedicar-se às corridas famosas, às grandes provas, mas aqui continua a existir muito por disputar. E neste caso nem só de pavé falamos: aqui falamos sobretudo de gravilha. A Duracell Dwars door het Hageland vai para a sua décima edição, faz parte do circuito Pro Series desde 2020, e teve uma pré-história de três edições, entre 2010 e 2012, que lançou a primeira pedra para o que haveria de se lhe seguir.

Desde 2016 que se corre ininterruptamente. Niki Terpstra, Mathieu van der Poel, Rasmus Tiller, Gianni Vermeersch são alguns dos vencedores desta clássica. A partida faz-se de Aarschot e a chegada a Diest (cerca de 50 minutos de carro de Bruxelas), onde a meta coincide com a cidadela desta cidade, a única cidadela de tijolo que ainda permanece de pé em toda a Flandres. Foi construída entre 1837 e 1844 e é um monumento relevante nesta zona da Bélgica. O acesso, como é habitual por estas bandas, é feito a subir.

Esta é a terceira prova do ano que conta para a Lotto Belgium Cup, depois do GP Monseré (vencida por Alexys Brunel) e do Antwerp Port Epic (vencida por Timo Kielich).

Gianni Vermeersch venceu a competição em 2024. (©Lotto Belgium Cup)

Análise ao percurso: Ora bem, 180 quilómetros, em circuito, com duas passagens pela meta antes da derradeira. E ao contrário do que é habitual na Flandres, com muitos sectores de empedrado e muitos bergs, aqui temos alguns bergs, mas temos sobretudo gravilha, sete sectores de gravilha que pontuam toda a corrida e que a vão tornar um autêntico caos. A chegada à Cidadela de Diest é feita em pavé, numa rampa de 500 metros com zonas acima de 5% de pendente. Por isso, já sabem, na Flandres é escolher nove e rezar. Nove corredores com kick, mas sobretudo nove corredores que consigam aproveitar a gravilha para se despedir da companhia. E, depois, no melhor cenário possível, nove corredores que além de terem o peso e a astúcia para lidar com a gravilha, sejam rápidos o suficiente para poder ganhar uma chegada em grupo restrito. Não teremos um sprint massivo com 20 ou 30 unidades, isso é certo.

Knock knock on heaven's Dwars.

Shortlist falso plano

1200:

  • Jasper Philipsen — Mas não era Philipsen que dizia que até ao Paris-Roubaix era classicómano e depois disso era sprinter? Pois. Seja lá o que for, o Tour está ao virar da próxima curva e Philipsen quer chegar em condições. Ou isso ou vem trabalhar para o Del Grosso, nunca se sabe.

600:

  • Alexander Kristoff — Duas clássicas belgas no fim-de-semana anterior, dois top-10 (ao qual junta mais dois top-10 em provas de um dia belgas entre o final de Março e o início de Abril). Acho que vai depender de como será a corrida, pode tornar-se demasiado agitada para o veterano norueguês.
  • Tobias Lund Andresen — O primordial é saber se André Dias vai levar o seu grande amor. Só após este dado serei capaz de tomar uma decisão informada e imparcial. Muito agradecido e um grande bem-haja.
  • Jonas Abrahamsen — Ninguém duvida das capacidades deste truck nórdico. Mas o seu 2025 está a ser para esquecer: dois top-20 são os melhores resultados que apresenta. Mas pronto, foi segundo nesta prova em 2024 e vale 600; há pessoas que não gostam de deixar orçamento de fora. E um truck dá sempre jeito para lidar com a gravilha.

400:

  • Paul Magnier — O Giro foi fraquinho. Depois disso, na Heylen Vastgoed Heistse Pijl, já venceu. Difícil deixar de fora.
  • Luke Lamperti — Quem diz Magnier, diz Lamperti. E este final na Cidadela de Diest tem muito a sua cara. Para isso tem de lá chegar.
  • Luca Mozzato — Chega a Hageland depois do melhor resultado da temporada: sexto no Antwerp Port Epic. Precisa de construir regularidade.
  • Milan Menten — Acaba de ser quarto em Bruxelas a lançar De Lie. Desta vez não há De Lie, por isso, saiam da frente.

200:

  • Matthew Brennan — Em Sant Feliu de Guíxols, na primeira etapa da Volta a Catalunha, Brennan bateu Del Grosso e Groves contra a força dos números. Será que a ideia é fazer semelhante proposta com Del Grosso e Philipsen?
  • Tibor Del Grosso — Não é só um super corredor, é um rapaz com um humor muito engraçado e que faz publicações muito irónicas nas suas redes sociais. Não se leva a sério, é fortemente autodepreciativo e isso faz-me gostar ainda mais dele. Só espero que Philipsen não tenha problemas em trabalhar para alguém assim.
  • Huub Artz — Tem-lhe faltado alguma consistência, mas veja-se a capacidade que demonstrou na Volta à Noruega para se perceber que muito em breve vai constar nos primeiros lugares mais vezes.
  • Nils Eekhoff — Nunca se sabe quando é Dia de Santo Eekhoff. Mas quando acontece, é festa rija toda a noite.
  • Alexis Renard — Já não pode ser ignorado. A vitória, que a Cofidis tanto precisa, tem-lhe escapado por pouco.
  • Hugo Hofstetter — Se é clássica belga, é dia para levar Hofstetter.
  • Jenno Berckmoes — Também de Berckmoes esperava muito melhor. Ainda assim, o belga tem corrido pouco e acredito que o pico de forma pode estar a chegar para a Volta a Bélgica e o Tour. Vamos ver o que nos reservam as próximas semanas.
  • Lionel Taminiaux — Além de Menten, Taminiaux é sempre confiável.
  • Sandy Dujardin — Um dos mais regulares elementos da TotalEnergies ao longo de 2025. Veremos se de forma discreta não saca mais um top-5.
  • Rasmus Tiller — A Uno-X tem uma história com esta Através de Hageland. Rasmus Tiller é o recordista de vitórias: duas (2021 e 2023).

Código da liga falso plano: FALSOPLANO
Password: 2474

Play Store: Cycling Fantasy
App Store: Cycling Fantasy