Cycling Fantasy — Tour de Langkawi
Kigali 2025? Na. Eu só tenho olhos para Langkawi. Esta é a aquela altura do ano. A prova com mais vibez de sempre começa agora.
 
                            Se vocês são fiéis leitores/ouvintes do falso plano sabem que este é o momento mais importante da temporada. Não há nada mais simbólico, mais relevante, mais savoir-faire do que esta brilhante prova por etapas malaia. Quem se pode esquecer da brilhante vitória de Iván Sosita perante Hugh Carthy nas Genting Highlands em 2022? Ou recuando mais ainda, até 2013, quando, na mesma exigente dificuldade montanhosa, o trepador colombiano Julián David Arredondo espeta 26 segundos em Pieter Weening? Quem não se recorda das 24 vitórias em etapa alcançadas por Andrea Guardini, essa lenda do sprint italiano, entre as edições de 2011 e 2018? Langkawi é uma súmula de memórias apaixonantes, corredores eternos, traçados de etapa sem qualquer nexo — que por isso mesmo fazem tanto sentido. A prova de que Langkawi é uma prova sem igual é o facto de ter escolhido arrancar no mesmo dia da prova de fundo masculina do Campeonato do Mundo Kigali 2025. Porquê? Porque pode, bros.
[Espero, muito sinceramente, que tenham guardado o vosso pico de forma na Cycling Fantasy para este momento. Não serão os únicos, posso avisar.]
Análise ao percurso:
Bom, é inegável, mais um Tour de Langkawi, mais um super percurso. Mais um percurso incrível para vos fazer acordar cedo e acompanhar oito super etapas. Seis sprints (sendo que um é bem mais do que isso). Uma chegada em alto e um dia com um final acidentado com duas colinas deslumbrantes. Ma-ra-vi-lha.
Etapa 1 — Sprint a abrir, como manda a lei. O meu sonho é que o primeiro líder seja alguém que use uma graciosa mullet.

Etapa 2 — Pediram sprint? É sprint que teremos. Se o Kristoff não vence até aqui o sonho da centésima começa a transformar-se em nervos.

Etapa 3 — Eu vivo para isto. Não há nada como este desenho. Duas bossas no primeira parte do dorso do camelo e uma panqueca no final. Parece aleatório, mas não é. Os homens mais rápidos vão ficar para trás e depois vão meter os gregários todos a comer o vento no plano de quase 100 quilómetros.

Etapa 4 — Mais um sprint para a mesa do canto. Desta vez com uma lomba a 16 quilómetros da meta.

Etapa 5 — Uepá. Temos chegada em alta. Minha gente, são quase 30 quilómetros de subida. Em 2015, da última vez que se fez esta Fraser's Hill ou Bukit Fraser, Youcef Reguigui (mítico sprinter argelino) despachou Sebastián Henao e Valerio Agnoli. Mas convenhamos: 2015 foi mesmo há muito tempo. Por outro lado, em 2008, Filippo Savini conseguiu ser superior a três corredores da Androni: Ruslan Ivanov, José Rodolfo Serpa (que herói do antigamente este trepador colombiano) e José Carlos Ochoa.

Etapa 6 — Uno más? Sprint, cariños.

Etapa 7 — É assim, não sei, não. Depois da Pulai River Bridge há ali uns picos. Aaron Gate gosta de piquitos. Sobretudo já depois de terem sido percorridos 200 quilómetros.

Etapa 8 — A chegada à capital. E esta faz-se com duas segundas categorias que podem servir para ajustar as últimas diferenças na geral.

Shortlist falso plano
600:
- Alexander Kristoff — O Stavanger Stallion não vem à Malásia passar férias de pulseirinha, ele vem à procura de chegar às 100 vitórias na carreira. Está estacionado nas 98 desde que em Agosto conseguiu erguer os braços na Arctic Race of Norway. Não lhe vão faltar oportunidades para alcançar o objectivo.
400:
- Enrico Zanoncello — Não pode ser. Zanoncello é um príncipe da Ásia, tem vitórias no Qinghai Lake, no Tahiu Lake, no Tour de Taiwan, portanto, está na hora, quem quer mandar nestas bandas tem de ter uma vitória em Langkawi.
- Arvid De Kleijn — Temporada muito complicada para o excelente sprinter neerlandês, ainda sem vitórias e já com uma clavícula fracturada no UAE Tour. Oportunidade, portanto, perfeita, para reconstruir confiança, com um comboio bastante interessante ao seu serviço e logo num local onde já venceu quatro etapas ao longo das duas últimas edições. Anda, Arvid.
200:
- Jason Tesson — Mais um corredor que tem tido alguns problemas físicos, mas que é, em teoria, um dos homens mais velozes nesta startlist. É muita Tesson.
- Matteo Malucelli — É garantido: é dos sprinters mais fiáveis destes sprinters de categoria D. O ano passado venceu três etapas.
- Aaron Gate — Há uma tradição qualquer — que fica muito melhor se não explicada, se deixada assim no vácuo para efeitos de suspenso — que diz que na Ásia, o senhor Aaron Gate é obrigatório. Resta saber se querem abdicar de um lugar de sprinter para manter a tradição.
- Manuel Peñalver — Então é assim, é preciso quebrar o enguiço. O Manelito o ano passado foi top-5 em seis das oito etapas — e noutra delas foi sexto. Anda lá, Manelito.
- Dušan Rajović — Rajović é mais um sprinter que gosta destas aventuras do circuito asiático. Vai andar metido ao barulho.
- Marc Brustenga — É bom? Não. Mas o que é que isso interessa, não é verdade? Brustenga já mostrou ser capaz de discutir top-10 de provas deste calibre e isso são pontos, matinha.
- Miguel Ángel Fernández — Depois há a questão Ángel Fernández, mais um sprinter dentro da Kern-Pharma. Acredito que possam dividir oportunidades, mas Brustenga parece partir como opção A.
- Erland Blikra — Acredito que vai funcionar como o último homem de Kristoff, o que, diga-se, pode ainda render pontos. E imagem que o Stavanger Stallion tem uma constipação…
- Fredrik Dversnes / Simon Dalby / Anders Halland Johannessen — Então, eu diria que levar mais do que uma (máximo duas) opções para GC, ou, vá, que não são sprinters, é o ideal. A Uno-X tem algumas opções nesse sentido, sobretudo porque a única chegada em alto não tem uma pendente muito exigente. Não sei. Acho que não vou por aqui, mas é um caminho válido, claro.
- José Manuel Díaz — Acho que também não vou por aqui, isto não é duro o suficiente e o Díaz passa mal a rolar. Até pode perder tempo se existirem abanicos ou coisas semelhantes em algumas das etapas planas.
- Odd Christian Eiking — A subida parece ter a cara do norueguês da Tietema. Tem muita experiência e andou bem no GP Industria & Artigianato.
- Yannis Voisard — Será? Um corredor de muita qualidade, que vai querer sair de amarelo da chegada a Fraser's Hill. Os últimos 7 quilómetros a 5% podem não ser suficientes para o suíço fazer diferenças, mas eu acho que ele vai tentar.
- Adrien Maire — O trepador francês da Tietema é um dos candidatos a vencer a etapa de Fraser's Hill. Continuo a achar que o Eiking é melhor opção, mas claro que o norueguês pode optar por se colocar ao serviço do seu mais jovem colega.
- Mathias Bregnhøj — Eu continuo a dar-vos várias opções não sprinters para terem por onde escolher. Não levem todos. O nosso amigo dinamarquês que em 2024 andou pela Anicolor é, claro, uma escolha interessante, sobretudo porque pertence à Terengganu, equipa continental malaia — que vai seguramente querer animar a sua corrida caseira.
- Wan Abdul Rahman Hamdan — O sprinter da Terengganu é, naturalmente, uma opção a ter em conta. Terengganu, Terengannu, quantos sprinters tens tu, no nariz?
- Dillon Corkery — É assim, eu tenho uma panca pela St. Michel - Auber 93 (não, não vou meter o nome completo da equipa, prefiro assim). E este veloz irlandês que chegou no início de agosto à PicNic vem dessa equipa continental francesa que tem uma equipamento lindo. Se isso faz dele uma boa opção para as chegadas em pelotão compacto, não sei. Mas vale a menção.
Código da liga falso plano: FALSOPLANO
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