Cycling Fantasy — Tour of Magnificent Qinghai

A corrida mais importante do ano está de volta.

Cycling Fantasy — Tour of Magnificent Qinghai

Todos os anos, o mês de julho é um mês perfeito. É aquele mês antes das férias, mas em que os colegas mais chatos já estão de férias. Em que é aceitável cancelar planos na rua para ficar no sofá. Mês de concertos, festas de aldeia e do meu aniversário. Tudo detalhes. Porque também há muito ciclismo e a prova mais importante do ano: a Volta ao Lago Qinghai.

Oito madrugadas épicas nas montanhas chinesas, etapas imprevisíveis do início ao fim. Percursos bizarros onde tudo pode acontecer, fugas enormes ou inexistentes e os sprinters mais velozes da sua região.

Bem-vindos ao Tour of Magnificent Qinghai, onde tudo pode acontecer e ninguém faz ideia do que está realmente a fazer. É mêm magnífico, maninhos.

Análise ao percurso: Oito etapas, em que é difícil perceber se isto é uma prova para sprinters com montanhistas ou uma prova de montanha com sprinters. Os percursos são "pouco convencionais" e, na verdade, quase todas as etapas seriam mais interessantes se deixassem o seu início para o fim.

Se querem ficar mesmo malucos para uma prova de segunda linha no meio da China, até vos dou vídeo e tudo. Vão estar mais prontos para Qinghai do que para a outra corrida chata em França.

Etapa 1 – Nove voltas em Xining, a maior cidade da província de Qinghai, para abrir o apetite. Acertar no sprinter vencedor desta etapa é meia prova.

Xining - Xining (121 km)

Etapa 2 – Alta montanha a abrir a etapa e uma 1.ª categoria nos 30 km finais; depois é sempre a descer até à meta. As separações para a Geral começam já aqui.

Douba - Huzhu (151 km)

Etapa 3 – 220 km (!) de etapa, com um 巨墙 no início (paredão, em chinês) e alguns desafios de subida ao longo da etapa. Duvido que algum sprinter sobreviva ao início, mas tudo depende da vontade de trabalho deste pelotão.

Huzhu - Menyuan (220 km)

Etapa 4 – Sete anos no Tibete, 173 km para sair dele. Se esta não dá sprint, é porque vai ser ainda mais à toa que o costume.

Etapa 5 – Mas que... Bom, são 21 km de montanha a começar a etapa porque claro que sim estamos numa prova na China nada funciona como devia devem ter ido buscar este percurso à temu ou o raio mas ya depois ainda sobre mais 11 km e o final é relativamente reto deve ter grupo pequeno a chegar à meta

Qilian - Gangcha (169 km)

Etapa 6 – Que madrugada perfeita. 180 km pelos desertos planos de Gangcha, uma alta categoria e depois é sempre a descer.

Gangcha - Gonghe (233 km)

Etapa 7 – Outra vez arroz. Montanhão ao início, retas no final. Se a GC já estiver bem definida (provável), há mais uma hipótese para os sprinters irem a jogo.

Gonghe - Haiyan (137 km)

Etapa 8 – A prova acaba como todas deviam acabar: com um falso plano.

A estratégia: As equipas mais fortes (como quem diz, a Astana) devem formar comboio para partir o pelotão na montanha e fazer tipo Hansel e Gretel: deixar um rasto de pinos espalhado nas subidas. Se quiserem ir mais calmos, vamos ter sprints com fartura.

Não há fotografias no site da prova, mas tirei este print screen da zona onde deviam estar.

Shortlist falso plano

Antes isto era um Volta ao Lago, agora é só uma Volta à Cabeça para fechar equipa. Não há ninguém acima de 400, portanto o desafio aqui é conseguir estoirar o budget.

(Como sempre, atenção ao posicionamento dos ciclistas na equipa. Não queiram deixar os melhores para trás, tipo Almeida quando é líder.)

400:

  • Enrico Zanoncello — O sprinter da Vini Fantini é o corredor mais caro da lista. Esteve na "melhor equipa" do ano passado e, este ano, fez dois top-10 no Giro. Como se diz obrigatório em chinês?

200:

  • Aaron Gate — Astana n.º 1. Vencedor na Boucles de la Mayenne mas, e muita atenção, pódio no Tour de Hainan, com perfis de etapa muito parecidos com estes. Quando o Gate engata...
  • Harold Martín López Astana n.º 2. Já ganhou duas Voltas este ano – Hungria e Grécia – e foi 2.º na Volta Presidencial a Turquia (grandes vibes). Se isto parte na montanha, é tudo dele.
  • Henok Mulubrhan Astana n.º 3. A máquina eritreia safa-se bem na China. É aqui (venceu em 2023) e no Ruanda. Cada um com a sua especialidade.
  • Jon Agirre — Deverá ser a aposta da Euskatel. Sobe bem, mas é tímido.
  • Mario Aparicio — Homem para se atirar em fugas, fez aqui top-5 no ano passado e camisola da montanha. E se o Aparicio aparece?
  • George Jackson — A melhor mullet do pelotão tinha de estar aqui.
  • Guillermo Thomas Silva — A Caja Rural tem um 1-2 na GC para defender e vai tentá-lo com o Silva. Favorito à Geral e a 1-2 etapas com montanha.
  • Fernando Barceló — Está numa forma decente e é uma boa arma da Caja Rural. Na China, nunca se sabe.
  • Giovanni Carboni — Eu sou pelas energias renováveis, mas adoro este motor a Carboni.
  • Manuele Tarozzi — Fartou-se de andar em fugas no Giro, foi camisola da montanha no Tirreno e, no ano passado, venceu aqui a etapa mais puxada. Pode parecer pouco mas, nesta prova, é um CV de luxo.
  • Iván Cobo — Eu não acredito, mas também não quero ficar mal visto.
  • Manuel Peñalver — Ou flopa ou limpa duas etapas. Agora escolham.
  • Cameron Scott — Do World Tour para os sprints em Qinghai.
  • Martin Laas — Se há sprint, contem com ele. O "Trovão de Tartu" (alcunha inventada por mim) já vai em 5 vitórias. Não perguntem onde.
  • Josh Kench — Dica secreta falso plano.
  • Alexander Salby — Sprinter especialista em chegadas em solo chinês.
  • Kuicheng Wang — Querem um corredor chinês na equipa para jogar em casa? Levem o 3.º melhor chinês da atualidade.
  • Mattia Pinazzi — Não precisam de levar este Pinazzi. Os outros já são todos.

Código da liga falso plano: FALSOPLANO
Password: 2474

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