Cycling Fantasy — Tour of Magnificent Qinghai
A corrida mais importante do ano está de volta.

Todos os anos, o mês de julho é um mês perfeito. É aquele mês antes das férias, mas em que os colegas mais chatos já estão de férias. Em que é aceitável cancelar planos na rua para ficar no sofá. Mês de concertos, festas de aldeia e do meu aniversário. Tudo detalhes. Porque também há muito ciclismo e a prova mais importante do ano: a Volta ao Lago Qinghai.
Oito madrugadas épicas nas montanhas chinesas, etapas imprevisíveis do início ao fim. Percursos bizarros onde tudo pode acontecer, fugas enormes ou inexistentes e os sprinters mais velozes da sua região.
Bem-vindos ao Tour of Magnificent Qinghai, onde tudo pode acontecer e ninguém faz ideia do que está realmente a fazer. É mêm magnífico, maninhos.
Análise ao percurso: Oito etapas, em que é difícil perceber se isto é uma prova para sprinters com montanhistas ou uma prova de montanha com sprinters. Os percursos são "pouco convencionais" e, na verdade, quase todas as etapas seriam mais interessantes se deixassem o seu início para o fim.
Se querem ficar mesmo malucos para uma prova de segunda linha no meio da China, até vos dou vídeo e tudo. Vão estar mais prontos para Qinghai do que para a outra corrida chata em França.
🚴♂️ The 24th Tour of Magnificent Qinghai is coming!
— Tour of Magnificent Qinghai (@TDQL_Official) June 16, 2025
🗓️ July 6–13, 2025
🌄 One of the world’s highest-altitude stage races returns for its 24th edition — with epic climbs, sweeping alpine roads, and fierce international competition!#TOMQ2025 #UCI #ProSeries #Cycling pic.twitter.com/iRokwoAw9p
Etapa 1 – Nove voltas em Xining, a maior cidade da província de Qinghai, para abrir o apetite. Acertar no sprinter vencedor desta etapa é meia prova.

Etapa 2 – Alta montanha a abrir a etapa e uma 1.ª categoria nos 30 km finais; depois é sempre a descer até à meta. As separações para a Geral começam já aqui.

Etapa 3 – 220 km (!) de etapa, com um 巨墙 no início (paredão, em chinês) e alguns desafios de subida ao longo da etapa. Duvido que algum sprinter sobreviva ao início, mas tudo depende da vontade de trabalho deste pelotão.

Etapa 4 – Sete anos no Tibete, 173 km para sair dele. Se esta não dá sprint, é porque vai ser ainda mais à toa que o costume.

Etapa 5 – Mas que... Bom, são 21 km de montanha a começar a etapa porque claro que sim estamos numa prova na China nada funciona como devia devem ter ido buscar este percurso à temu ou o raio mas ya depois ainda sobre mais 11 km e o final é relativamente reto deve ter grupo pequeno a chegar à meta

Etapa 6 – Que madrugada perfeita. 180 km pelos desertos planos de Gangcha, uma alta categoria e depois é sempre a descer.

Etapa 7 – Outra vez arroz. Montanhão ao início, retas no final. Se a GC já estiver bem definida (provável), há mais uma hipótese para os sprinters irem a jogo.

Etapa 8 – A prova acaba como todas deviam acabar: com um falso plano.

A estratégia: As equipas mais fortes (como quem diz, a Astana) devem formar comboio para partir o pelotão na montanha e fazer tipo Hansel e Gretel: deixar um rasto de pinos espalhado nas subidas. Se quiserem ir mais calmos, vamos ter sprints com fartura.

Shortlist falso plano
Antes isto era um Volta ao Lago, agora é só uma Volta à Cabeça para fechar equipa. Não há ninguém acima de 400, portanto o desafio aqui é conseguir estoirar o budget.
(Como sempre, atenção ao posicionamento dos ciclistas na equipa. Não queiram deixar os melhores para trás, tipo Almeida quando é líder.)
400:
- Enrico Zanoncello — O sprinter da Vini Fantini é o corredor mais caro da lista. Esteve na "melhor equipa" do ano passado e, este ano, fez dois top-10 no Giro. Como se diz obrigatório em chinês?
200:
- Aaron Gate — Astana n.º 1. Vencedor na Boucles de la Mayenne mas, e muita atenção, pódio no Tour de Hainan, com perfis de etapa muito parecidos com estes. Quando o Gate engata...
- Harold Martín López — Astana n.º 2. Já ganhou duas Voltas este ano – Hungria e Grécia – e foi 2.º na Volta Presidencial a Turquia (grandes vibes). Se isto parte na montanha, é tudo dele.
- Henok Mulubrhan — Astana n.º 3. A máquina eritreia safa-se bem na China. É aqui (venceu em 2023) e no Ruanda. Cada um com a sua especialidade.
- Jon Agirre — Deverá ser a aposta da Euskatel. Sobe bem, mas é tímido.
- Mario Aparicio — Homem para se atirar em fugas, fez aqui top-5 no ano passado e camisola da montanha. E se o Aparicio aparece?
- George Jackson — A melhor mullet do pelotão tinha de estar aqui.
- Guillermo Thomas Silva — A Caja Rural tem um 1-2 na GC para defender e vai tentá-lo com o Silva. Favorito à Geral e a 1-2 etapas com montanha.
- Fernando Barceló — Está numa forma decente e é uma boa arma da Caja Rural. Na China, nunca se sabe.
- Giovanni Carboni — Eu sou pelas energias renováveis, mas adoro este motor a Carboni.
- Manuele Tarozzi — Fartou-se de andar em fugas no Giro, foi camisola da montanha no Tirreno e, no ano passado, venceu aqui a etapa mais puxada. Pode parecer pouco mas, nesta prova, é um CV de luxo.
- Iván Cobo — Eu não acredito, mas também não quero ficar mal visto.
- Manuel Peñalver — Ou flopa ou limpa duas etapas. Agora escolham.
- Cameron Scott — Do World Tour para os sprints em Qinghai.
- Martin Laas — Se há sprint, contem com ele. O "Trovão de Tartu" (alcunha inventada por mim) já vai em 5 vitórias. Não perguntem onde.
- Josh Kench — Dica secreta falso plano.
- Alexander Salby — Sprinter especialista em chegadas em solo chinês.
- Kuicheng Wang — Querem um corredor chinês na equipa para jogar em casa? Levem o 3.º melhor chinês da atualidade.
- Mattia Pinazzi — Não precisam de levar este Pinazzi. Os outros já são todos.
Código da liga falso plano: FALSOPLANO
Password: 2474
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